Calmo, respeitoso, focado. Talvez não sejam as primeiras qualidades que você possa pensar sobre um defensive tackle/nose, mas elas definitivamente se aplicam a James Springfield Jr., o primeiro americano, prestes a se naturalizar brasileiro, a figurar pela Seleção Brasileira de Futebol Americano.
A chance inédita será real no dia 26 de março, quando o Brasil Onças irá enfrentar em amistoso o Europe Warriors, em local ainda a ser definido. Springfield foi uma das novidades anunciadas hoje, após uma lista original de 49 atletas, que serão comandados no importante jogo pelo head coach Brian Guzman.
> Confira as mudanças na lista para o amistoso
No Brasil desde 2014, o americano é baseado em Brasília, onde atua por uma das equipes mais tradicionais do futebol americano nacional, o Tubarões do Cerrado – time o qual é extremamente leal. Com o processo de naturalização adiantado, Springfield atuará no amistoso, mas o foco principal é estar com a papelada pronta para o Mundial da modalidade em 2023.
Confira a entrevista que fizemos ao histórico novo jogador da Seleção Brasileira de Futebol Americano
Salão Oval: Qual é a sua experiência no futebol americano antes do Brasil?
James Springfield Jr.: Antes de vir para o Brasil, joguei futebol americano universitário na Tennessee State University e depois Arena Football pelo Chicago Slaughter e Macon Steel, na Geórgia. Depois do futebol de Arena, joguei na França pelo Nantes Dockers.
Salão Oval: Quando você veio para o Brasil? O que você pensava sobre o país, então, e pensa agora, anos depois?
Springfield: Vim ao Brasil pela primeira vez em 2014. Antes de vir, ouvi falar muito bem das pessoas e da atmosfera e quando finalmente cheguei, as coisas que ouvi eram definitivamente verdadeiras. As pessoas eram agradáveis, o clima é agradável e essas coisas ainda são verdadeiras até hoje!
Salão Oval: O que você acha do nível do jogo aqui?
Springfield: Acho que o futebol americano cresceu muito desde a primeira vez que pisei aqui no Brasil. Treinadores e jogadores estão adquirindo mais conhecimento a cada ano e acho que o céu é o limite para o futebol aqui no Brasil.
Salão Oval: Por que você quis se tornar brasileiro?
Springfield: Fiquei muito empolgado quando surgiu a oportunidade de me naturalizar porque o Brasil é minha casa. Sinto que sendo naturalizado posso continuar crescendo em todos os aspectos da minha vida aqui e posso retribuir ao país que está me dando muito em tão pouco tempo.
Salão Oval: Qual é a sensação de jogar pelo Brasil, na seleção, daqui a algumas semanas?
Springfield: Será uma grande honra dividir o campo com alguns dos melhores jogadores do país. Estou ansioso para trabalhar com esses caras e trazer a vitória para casa.
> Saiba mais sobre Springfield, em entrevista ao Salão Oval (2017)
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Além de ser um Head Coach incrível; firme, divertido e zeloso. O time feminino de Brasília tem muita sorte em tê-lo.