No Mundial de Flag, Brasil vence Dinamarca e repete performance de 2016

Foto: Grasiela Gonzaga / Flag Football Brasil

Neste domingo, pelo quarto e último dia e fechando sua quarta participação no Mundial de Flag Football 5×5, a seleção brasileira feminina enfrentou as tricampeãs mundiais mexicanas e as duas atuais campeãs europeias* Dinamarca e Áustria. Com uma vitória, sobre as dinamarquesas, e duas derrotas, as brasileiras repetiram o caminho de 2016 e ficaram na sexta posição no ranking final do campeonato, com quatro vitórias e quatro derrotas ao todo.

* Com a divisão da Federação Internacional de Futebol Americano em duas entidades em 2017, (chamadas informalmente de IFAF New York e IFAF Paris), houve duas competições europeias de Flag no mesmo ano. Uma realizada em Madrid e vencida pelas austríacas contra a Alemanha e outra vencida pela Dinamarca, em casa, sobre a seleção de Israel.

Quartas de final – Brasil x Flag of Mexico.svgMéxico 

O Brasil começou com a posse de bola, mas acabou tendo a bola interceptada. Mesmo saindo de muito longe, as mexicanas acharam uma linda big play e marcaram o primeiro touchdown do jogo. Sem a conversão, o placar foi a 6 a 0.

Após grande esforço do Brasil para chegar ao meio de campo, faltou muito pouco para um first down. Na campanha seguinte, nova pontuação mexicana em uma campanha mais gradual e com conversão de ponto-extra – 13 a 0 México.

Sempre em cima das brasileiras, o México até permitia as recepções brasileiras que, no entanto, não conseguiam avançar após a posse da bola. Na terceira campanha mexicana, a defesa brasileira conseguiu segurar o avanço muito próximo de endzone.

Após avançar, o Brasil conseguiu uma primeira para touchdown após falta mexicana. A sequência trouxe nova falta, em uma interferência de passe que impediu o touchdown verde-amarelo. Já dentro dos dois minutos, as meninas continuaram a cortejar a endzone, mas a defesa mexicana impediu o tão esperado encontro.

Correndo contra os últimos segundos, as mexicanas tentaram pontuar em uma campanha que foi sendo detida passo a passo pelas brasileiras. Mas faltando 10 segundos, as mexicanas conseguiram marcar, sem confirmar o ponto-extra – 19 a 0 México.

As mexicanas voltaram a marcar no retorno do segundo tempo, ampliando para 25 a 0 e ainda interceptaram um passe longo do Brasil, voltando ao ataque em seguida. Rapidamente no entanto, a defesa brasileira impediu o México de pontuar.

No ataque, as chances foram renovadas em linda recepção de Caroliny Machado “Colina”. Sem o ataque conseguir pontuar, foi a defesa quem fez algo incrível: Taíssa desviou a bola da quarterback mexicana, não deixou a bola cair e entrou na endzone – o Brasil diminuiu para 25 a 6 (sem conversão).

As mexicanas responderam com mais um touchdown e mais um ponto extra, um pouco antes dos dois minutos, decretando o placar final 32 a 6.

Chave 5º-8º Lugar – Brasil x Flag of Denmark.svgDinamarca 

Iniciando o jogo no ataque, a seleção brasileira precisou apenas de uma posse para abrir o placar. Ao fim de uma campanha praticamente perfeita, Rachel Jacob “Kel” conectou Taísa ao fundo da endzone, que levou a melhor contra sua marcadora e anotou o touchdown. Conversão sem pontos, mas 6 a 0 no marcador.

Com uma defesa colada nas dinamarquesas, sem espaços para as recebedoras avançarem, logo o Brasil recebeu novamente a posse de bola e chegou à zona final, com passe curto de Kel para Luíza. Na conversão, passe na medida para Ligia Blat no canto esquerdo da endzone – 13 a 00.

As europeias continuaram sem reação diante da firme defesa brasileira e continuaram sem marcar, mas pela primeira vez o ataque brasileiro também parou e devolveu a bola após um sack sofrido ainda no campo de defesa.

Antes do intervalo, o tempo fechou para as brasileiras, tanto no jogo com o primeiro touchdown das dinamarquesas, deixando o placar em 13 a 06, quanto fora dele, com alguns trovões caindo sobre o estádio panamenho, forçando a paralização do jogo.

Trinta minutos depois, com o tempo mais calmo, as duas equipes voltaram para a jogo, ainda no primeiro tempo. Dentro de campo, as coisas também clarearam para as brasileiras, com mais um touchdown marcado entre Kel e Taísa. Na conversão, passe para Luíza e mais um ponto-extra no placar – 20 a 06.

Nas duas primeiras campanhas do segundo tempo, ambas as equipes encontram mais espaços em campo e ficaram próximos do touchdown, mas nenhuma com sucesso. No drive seguinte porém, as dinamarquesas ficaram livres para pontuarem novamente com um touchdown e uma conversão de ponto extra – 20 a 13.

Em sua última ação ofensiva as brasileiras ainda marcaram novamente, em passe de Kel para Colina, para o último touchdown da partida. A quarterback Ale ainda passou para Luiza, fechando o placar em 27 a 13. As europeias ainda tinham uma posse, mas foram paradas em bela interceptação de Thamires Soares no meio de campo.

Decisão do 5º Lugar – Brasil x Flag of Austria.svg Áustria

Assim como em Miami em 2016, as brasileiras chegaram novamente à decisão do quinto lugar e tiveram um jogo duro pela frente.

No início da partida, o ataque brasileiro começou bem, sem dificuldades de avançar, mas no momento da conclusão, a quarterback Kel acabou sendo interceptada, frustrando a tentativa de sair na frente no placar.

Depois de pararem as austríacas à 5 jardas da endzone, time ofensivo do Brasil voltou a campo, mas antes de cruzarem o meio de campo, sofreram outra interceptação, perdendo novamente a posse de bola.

Com o turnover, a Áustria a aproveitou a posição em campo e logo marcou o primeiro touchdown, em um passe longo para o meio da endzone. Ponto extra convertido e 7 a 0 para as europeias. Ainda no primeiro tempo, as austríacas aumentaram a vantagem com mais um touchdown, mas tiveram sua conversão interceptada por Mariana Martins.

No início do segundo tempo, as coisas não melhoraram e em uma longa campanha, as austríacas abriram 19 pontos no placar com mais um touchdown. A conversão foi interceptada novamente, agora por Pamela Peres.

Novamente próximas da endzone, o ataque brasileiro tentou então uma jogada diferente, com um handoff entre Kel e Blat, que lançou a bola em direção a Blat, mas em um rápido lance, as austríacas interceptaram novamente a seleção brasileira.

Com um ataque imparável, as austríacas ainda pontuaram novamente, em uma big play onde a recebedora estava livre para avançar endzone. Conversão feita e 26 a 00. Já distantes da vitória, as brasileiras anotaram seu único touchdown em sua última campanha, em passe longo de Alezinha para Lara Nersalla, que se livrou de três marcadoras e finalizou o touchdown, fechando o placar em 26 a 06.

Desempenho

Mesmo com a derrota para as austríacas, a seleção sai do Panamá com o dever cumprindo, se mantendo na sexta posição do ranking final e obtendo um aproveitamento inédito de 50%. Além disso, o time ainda teve o melhor saldo de pontos de sua história, anotando 148 e sofrendo apenas 159.

Foto: Asociacion de Football Americano de Panama (AFFP)

Campeãs

Na chave principal, as donas da casa – as panamenhas, chegaram novamente a decisão, depois de vencerem o México por 45 a 13. Na outra semifinal, o duelo norte americano entre Estados Unidos e Canadá terminou com vitória das americanas por 46 a 32.

Na decisão de terceiro lugar, as canadenses levaram a melhor sobre as mexicanas por 19 a 13. Já na grande final, as norte americanas venceram as atuais campeãs do Panamá por 27 a 12 e conquistaram o título mundial pela primeira vez em sua história.

No masculino, também deu U.S.A. No duelo dos tricampeões mundiais, os americanos fecharam a competição vencendo os austríacos por 19 a 13 e ficaram com o quarto título do campeonato.

Saiba mais sobre o Flag 5×5 e o Mundial

Para saber mais sobre o Mundial e o Flag 5×5 Feminino, siga a página Flag Football Brasil, que esteve in loco e trazendo todas as informações, com vídeos e posts.

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Editor-chefe do Salão Oval, maior plataforma de mídias destinada ao FABR, Social Media Journalist da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) e Social Media Editor para a Premier League (Campeonato Inglês de Futebol). Realizei coberturas nacionais pelas cinco regiões do Brasil e também nos EUA (Mundial de Ohio) e Perú (1º Torneio Guerrero de Los Andes), sempre acompanhando o futebol americano nacional de perto. Narrador e comentarista para o futebol americano nacional em diversas ocasiões (BandSports, Fox Sports e Globo Esporte.com), fui também jogador da Lusa Lions (flag 2008) e do Corinthians Steamrollers (2009 a 2012).

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