Em sua segunda partida no Mundial Sub-20 de futebol americano, disputado em Edmonton, no Canadá, a Seleção Brasileira da modalidade mostrou maior consciência tática para poder chegar a um feito histórico: o primeiro touchdown brazuca na competição da IFAF nesta categoria.
A derrota, esperada, mostrou avanços do Brasil em posicionamento, o que garantiu um melhor desempenho em comparação com a estreia. O que ainda pode evoluir bastante são os tackles. Agora, o Brasil espera os resultados de outras partidas para poder conhecer o seu último adversário no Mundial. A partida será realizada no domingo, 30.
Como foi o jogo entre Brasil x Canadá B no Mundial Sub-20 de Futebol Americano
O Canadá 2 (segunda seleção do Canadá na competição, uma espécie de Canadá B), retornou a primeira bola para touchdown, mas uma falta anulou a pontuação que aconteceria logo no retorno. A campanha canadense continuou sem grandes frutos graças a outras faltas. Em uma terceira para 11, o Brasil conseguiu um tackle com Felipe Pessanha que impediu a pontuação do time da casa.
Recebendo o punt, o Brasil não conseguiu manter-se na ofensiva por muito tempo. Na segunda campanha canadense, os anfitriões conseguiram a penetração na endzone com a power play efetuada pelo running back Nelson. Field goal efetuado e 7 a 0 para o time B do Canadá.
Em outra campanha, Brockman recebeu em passe em screen, quebrou quatro tackles brazucas e partiu para a endzone. Com o chute bom, o Canadá colocou 14 a 0 no placar. No finalzinho do primeiro quarto, na goal line, o quarterback Page contou com bons bloqueios para percorrer as jardas finais e garantir mais um touchdown para os canadenses: 21 a 0.
O Brasil tem mais downs no ataque que no primeiro jogo, mas ainda não o suficiente para ter uma consistência ofensiva. Na defesa, também um melhor trabalho fechando espaços, mas ainda não o suficiente para impedir pontuações. Em uma delas, em que o quarterback encontrou a janela certa e o tempo certo para não ser sacado, um passe foi realizado para mais uma pontuação canadense: 28 a 0.
E o “ainda” do parágrafo anterior foi para o espaço no lindo passe de Gustavo Cornelius para Gabriel Gomes, que conseguiu uma ótima separação do safety para receber e correr mais 30 jardas até a endzone. Chute bom e 28 a 7, com o Brasil tirando o zero do placar.
O Canadá respondeu com mais um touchdown. Após grande pressão no quarterback, Nelson recebeu a option, quebrou dois tackles para chegar à endzone. Chute bom e 35 a 7.
Faltando segundos para o final da primeira metade, o Brasil tentou uma field goal para marcar mais três pontos. A primeira tentativa foi boa, mas os canadenses pediram tempo, em uma velha tática para quebrar a concentração do adversário. E a tática deu certo: o snap saiu ruim e os canadenses recuperaram a bola e partiram para marcar dois pontos. Sem desistir, Nunes tackleou o adversário.
O Brasil manteve o jogo duro e disputado até a metade do terceiro quarto, quando o linha ofensiva do Canadá, Michael Kessie, conseguiu uma pic-six: 42 a 7 Canadá. Na campanha ofensiva seguinte, os anfitriões ampliaram com mais uma corrida pelo meio: 49 a 7.
O último quarto consolidou um Brasil que poderia não ser tão técnico quanto o Canadá, mas estava realmente com todo o gás para buscar a competição de igual para igual. Ainda assim, mais três touchdowns foram marcados e o placar final foi de 63 a 7.