João Pessoa Espectros e Recife Mariners põe à prova uma rivalidade de 11 anos no futebol americano nordestino e também nacional neste domingo. Os times irão disputar a invencibilidade da temporada 2022 da Liga BFA e também o seed 1 da Conferência Nordeste da competição.
O maior clássico do Brasil
De quebra, o clássico nordestino também estará sendo observado por toda a comunidade do FABR para se consolidar como a maior rivalidade nacional. A pergunta foi colocada pelo quarterback Rodrigo Dantas, do Espectros, no mais recente Hangout do Salão Oval e vale como reflexão.
São simplesmente 11 anos de rivalidade contínua, com 13 vitórias do Espectros e cinco do Recife Mariners, em jogos de alto nível técnico. No entanto, nas decisões, os títulos da Conferência sempre ficaram com a equipe de João Pessoa, que, por duas vezes, foi campeã nacional (2015 e 2019).
Confronto contra “o time de azul”
Há um acordo tácito em João Pessoa. O Recife Mariners não deve ser citado. Para o Espectros, a equipe de Recife é o “time de azul”, cor, que inclusive, não é usada pelos integrantes da equipe.
Mas os exageros terminam por aí e o clássico é enaltecido pelo head coach Robson Sena: “Em toda temporada esse é um dos jogos mais esperados pelo FABR. O confronto é marcado de vários acontecimentos durante anos, mas a cada temporada tratamos como um jogo que precisamos vencer”.
E um fator específico incomoda atualmente ao comandante fantasma. Por força de tabela, o Mariners está na frente do Espectros: “A preparação do nosso time é para ser campeão. Se o time de azul tem a liderança, precisamos superá-los para seguirmos no nosso objetivo”.
E se o Espectros já perdeu em fase regular para o Mariners (como já mencionado, cinco vezes), a derrota não passa pela cabeça agora, em 2022. Além de valer a rivalidade, vale também mandar uma possível final em casa, com o público que mais comparece ao estádio no Brasil, com sua forte “zuada”. “Sabemos que nossa torcida é fundamental e que ela nos acompanha onde formos. Trazer os playoffs para nossa casa é uma forma de retribuir nossa gratidão a eles”, sentenciou Sena.
“Não é um jogo de explicar, é de sentir”
O Mariners visita o João Pessoa Espectros e uma vitória dos visitantes não está fora de cogitação. Dos cinco triunfos recifenses contra os fantasmas, dois foram na Paraíba (2015 e 2016). Uma vitória seria importante para os recifenses disputarem uma possível final em casa, diminuindo os custos logísticos e também contar com o apoio da torcida.
Assim como já dito pelos paraibanos, o head coach pernambucano Lucas David concorda que o confronto é o maior clássico do País: “Pra ser sincero, sim. Não vejo nenhum outro confronto no Brasil, estadual ou regionalmente, que tenha a soma de todos os elementos que constroem um clássico como Mariners contra Espectros”, responde.
Para completar, Lucas dá uma importante contextualização histórica para o pesado clássico do FABR: “O confronto entre os dois times sempre foi muito antecipado, desde os tempos da praia, mas só aconteceu depois da transição para a grama. Eles chegaram na era full-pads em um nível acima de estrutura e preparação. Mas, de 2014 pra cá, é o maior confronto do Futebol Americano no Brasil e não tem como ignorar o peso disso. O clima do jogo é diferente, o clima no estádio é diferente. Diria até que não é um jogo de explicar, é de sentir”, romantiza (com razão).
O time ainda contará com mais um alvo para o quarterback americano Clayton Uecker: o seu compatriota, Kyle Mucerino. Kyle, além de wide-receiver, também pode atuar na secundária defensiva e times especiais. “Kyle Mucerino chegou pra qualificar o nosso elenco, independente de quem a gente venha a enfrentar. É um jogador que atua nas três fases do jogo e já tem contribuído muito para a evolução dos nossos jogadores nos treinos”, explicou o head coach.
Serviço: João Pessoa Espectros x Recife Mariners
Local: Estádio Almeidão, em João Pessoa
Data e Horário: Domingo, 21 de agosto às 15h
Ingressos: Sympla