Cox anula Mariners e Espectros é decacampeão nordestino

Com quatro interceptações, Carlos Cox (#34, centro) foi o craque incontestável da final da Conferência Nordeste, vencida mais uma vez pelo João Pessoa Espectros. Todos os direitos reservados - art. 7., inc. VII, da Lei 9610/98. Ao usar alguma imagem, favor dar os devidos creditos. Anderson Silva / Joao Pessoa Espectros - @andersonnssilva

Uma grande final da Conferência Nordeste, com grande expectativa para que, pela primeira vez, o campeão regional fosse um time diferente do João Pessoa Espectros. Apesar da grande campanha do Recife Mariners, a experiência da equipe paraibana mais uma vez falou mais alto e contando com o melhor jogador que atua em solo nacional, os fantasmas conquistaram, pela décima vez, o título de reis no Nordeste!

O final da Conferência Nordeste

O Mariners começou no ataque e teve dificuldades para avançar e arriscou uma quarta descida. No passe rápido do americano Jake Schimenz para o wide-receiver Brito, o Mariners chegou ao campo de ataque.

Na sequência, as defesas brilharam – o craque do time paraibano Cox interceptou Jake; mas o Espectros sofreu fumble, deixando o ataque azul praticamente na mesma posição anterior.

Com uma conexão entre os americanos Jake e Oshay Dunmore (que dobra na defesa e ataque), o Mariners chegou até a redzone. O time da casa forçou um timeout do Espectros após linda recepção de Japa, que quebrou dois tackles e lutou para colocar o time na jarda dois do ataque.

Lucas Adolfo tentou entrar na endzone, mas perdeu jardas. Na tentativa de passe de Jake para Japa, Cox leu perfeitamente a trajetória e conseguiu sua segunda interceptação na partida, evitando o touchdown do Mariners.

O Espectros conseguiu avançar para o ataque, mas acabou sofrendo mais um fumble, na jarda 23 da ofensiva. O Mariners avançou com bons passes de Jake, chegando até a redzone e forçando o segundo timeout paraibano. Japa garantiu a primeira para o goal para o time da casa. Fechando as opções de Jake para o passe, o americano não arriscou e tentou correr para a endzone, sem sucesso.

Na quarta descida, o Mariners pediu seu primeiro timeout e, em seguida, foi a vez do Espectros gastar o seu último. O Mariners abriu o meio do campo com muitos recebedoras, a linha ofensiva fez o seu trabalho e Jake achou espaços para, rapidamente, correr para a endzone a abrir o placar na Arena Pernambuco. Sem a conversão de dois pontos, o placar foi a 6 a 0 para os Mariners.

Na devolução, o Mariners tentou um onside kick, sem sucesso. O Espectros, ainda inoperante no ataque até ali, conseguiu chegar à redzone e até a jarda dois do ataque, em jogada de raça do experiente wide-receiver Heron Azevedo. Para entrar na endzone, Jonatha Carvalho contou com o trabalho da linha ofensiva para empatar o jogo. Com o chute de Aranha bloqueado por Macaxeira, o empate foi colocado no placar: 6 a 6.

O craque do jogo até ali, Carlos Cox fez um lindo retorno de punt para recolocar o Espectros já no campo de ataque, na jarda 25.O quarterback americano Alex Niznak, aniversariante do dia, não demorou para tentar aproveitar e lançou um foguete para Vitor Ramalho na enzdone. No entanto, um holding anulou o touchdown fantasma. O Mariners conseguiu impedir qualquer pontuação paraibana e o primeiro tempo terminou empatado.

Em mais uma tentativa sem sucesso de onside kick, o Mariners deixou o Espectros já no campo de ataque no início do terceiro quarto. Niznak conectou com o wide-receiver Denner Lucena, que virou para o Espectros. Diego Aranha garantiu o ponto-extra e o 13 a 6 para os visitantes.

Sem sucesso nos passes, o Mariners foi para um punt ruim, que já deixou o Espectros na jarda 40 do ataque. Niznak, de novo, recolocou o Espectros muito rapidamente na goal line. Na jarda dois, Jonatha Carvalho tentou mais um, mas o front seven azul recuou o running back duas jardas. Na jogada seguinte, em ótimo read option, foi a vez do próprio quarterback americano ir para a endzone e ampliar para o Espectros. Sem o ponto-extra, o placar foi a 19 a 6 para o Espectros.

O Mariners partiu para um claro jogo aéreo. Com muito tempo, Jake forçou um passe longo e foi interceptado mais uma vez por Cox, que desta vez correu 65 jardas para marcar uma pick six épica – anulada por uma falta no meio da jogada.

O time da casa sentiu o impacto da interceptação e tudo começava a dar ainda mais certo para o Espectros. No meio de três marcadores, Denner Lucena fez uma recepção inacreditavelmente acrobática. Na goal line, Heron Azevedo fez o seu touchdown – Aranha garantiu o 26 a 6.

No último quarto, o Mariners encontrou um respiro de ânimo na interceptação de Caçula sobre Niznak. Sem eficiência, os times trocaram punts. Na vez do Espectros, Japa, revelação da temporada azul, retornou 60 jardas para diminuir: 26 a 12 (sem pontuação extra). Em última ação de nota na partida, Cox interceptou mais uma vez a Jake, que buscava Japa quase na endzone. Com apenas uma das mãos, o americano sacramentou o fim das esperanças azuis.

O que vem por aí?

É o fim da temporada para o Recife Mariners. Mas o Espectros tentar chegar a mais um Brasil Bowl, o que seria o terceiro seguido – após dois vice-campeonatos (contra Sada Cruzeiro e Galo FA – o mesmo elenco, nomes diferentes). Para chegar à final, os paraibanos terão que vencer em casa o campeão da Conferência Sudeste.

> Confira o panorama dos playoffs

3 COMENTÁRIOS

  1. Jogaço!!!! Muito bom ver equipes de alto nível num jogo disputadíssimo!

    Acho que faltou, na sua análise, falar sobre a vergonhosa arbitragem do nosso FABR, sobretudo as zebras responsáveis por este jogo…

  2. Primeito tempo tenso. No Segundo tempo, o touchdown do Espectros logo no começo desmontou o Mariners. Daí só deu Espectros. Cox definitivamente Man Of the Match, jogou muito! Foi lindo, a torcida do Espectros deu show.

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