O Coritiba Crocodiles, o maior campeão do futebol americano nacional (com um bicampeonato Brasileiro e um hepta Paranaense), sempre foi conhecido por seu forte e contundente jogo terrestre, com a dupla Bruno Santucci e Lucas Mullet.
A equipe passou por uma transformação em seu ataque com a chegada do quarterback americano Drew Banks, em 2016, na Superliga que uniu à elite do FABR em uma só competição.
Apesar da diversificação do ataque do Croco com o jogo corrido ganhando até um perigoso read option e o ataque aéreo capitalizando muito mais porcentagem nas jardas totais, a competição foi mais forte nos anos “Drew Banks” e os títulos não chegaram. O ano passado teve um Croco irregular, mas incisivo nos playoffs do Brasileiro, quando derrotou o atual campeão T-Rex e a grande surpresa da temporada, o Santa Maria Soldiers, ambos fora de casa.
Na semifinal, a equipe jogou em casa contra o forte Sada Cruzeiro e liderava o placar por 10 a 0. Já no final da partida, com o jogo empatado em 10 a 10, um fumble forçado em cima do americano por Igor Mota e levado para a endzone por Rodolfo Santos colocou fim às pretensões do Crocodiles em chegar a sua sexta final nacional.
“Já tínhamos combinado com o Drew que 2017 seria o último ano. Mas conversei muito com ele e ele vai ficar para dar a volta por cima e quem sabe sermos campeões, começando pelo estadual e depois o nacional. Sabemos que é um caminho difícil, mas o Croco vai buscar novamente seus títulos, pois faz um tempo que não ganhamos”, explica o novo presidente da equipe (e icônico wide-receiver e Capitão) Adan Rodriguez.
A força aérea do “team Drew”
Além do presidente e capitão Adan Rodriguez e do também experiente Rodrigo Coléte, Drew Banks ganhou mais dois alvos de primeira linha no grupo de wide-receivers: Athos Daniel, vindo do Brown Spiders, e Ivan Tonolli, do T-Rex.
Athos foi enfático ao ser perguntado se a permanência de Drew foi importante em sua decisão de sair de um rival para ir ao outro: “Muito! Decidimos junto praticamente. Já vínhamos conversando sobre jogar junto esse ano”, explica o ex-wide-receiver do Brown Spiders, que ficou em último na Conferência Sul e acabou rebaixado para a Liga Nacional.
O jogador também acredita que estará mais perto da Seleção com a parceria com o americano: “Até hoje ainda não tive a oportunidade de jogar com um quarterback de alto nível como o Drew. Acredito que vou evoluir muito com isso”.
Ivan Tonolli chega a Curitiba para terminar sua faculdade de fisioterapia e foi ajudado pelo Crocodiles a conseguir um estágio: “Conversei com o Delmer (Zoschke) e eles conseguiram um estágio de fisioterapia na academia do Gustavo Borges (patrocinador do Crocodiles). Juntei o útil ao agradável em terminar minha faculdade e jogar em um dos maiores times do Brasil”, explicou o experiente ex-jogador do Rex.
A volta da maior dupla de RBs do FABR
No ano passado, Lucas Mullet retornou ao Crocodiles no meio da fase regular da BFA (Campeonato Brasileiro) e foi decisivo para a equipe conseguir chegar à semifinal. Seu parceiro de Crocodiles e Seleção Brasileira (inclusive o Mundial de Ohio), no entanto, passou o ano lesionado e como coach de running backs.
Mas 2018 promete ser diferente: “O Bruninho tá travado aqui há um ano, mas vai voar. O Mullet vem em doses homeopáticas no estadual e com tudo na BFA, essa é proposta”, explicou o presidente Adan Rodriguez.
Completando o pacote de reforços
Além de Athos Daniel e Ivan Tonolli e a confirmação dos veteranos Drew Banks, Bruno Santucci e Lucas Mullet, o Crocodiles também trouxe o experiente Filipe Sodré (cornerback do Mundial de Ohio) e os linhas ofensivos Pinguim (mais um do Brown Spiders) e Brock (Guardian Saints).
“Os reforços vieram para deixar o time mais competitivo. Isso faz bem para todos os jogadores, eleva o nível de todo mundo, inclusive para quem está começando agora. O sub-19, já pega esses atletas que são referência vai sugar o máximo de experiência e vão evoluir mais rápido ainda. Quanto a ser o melhor ataque do Brasil, não sei, mas vamos trabalhar para ser um dos melhores”, concluiu Adan Rodriguez.