No último sábado, 12, o árbitro Felipe Oliveira completou 300 partidas atuando no futebol americano nacional. Os três jogos restantes para atingir a marca foram em sua atuação no Torneio Sport América de Futebol Americano Feminino. Os placares foram Lions 00 x 35 Silverhawks; Cold Killers 06 x 34 Silverhawks; e Lions 06 x 08 Cold Killers.
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Os números de Felipe Oliveira
Para quem conhece Felipe, os números fazem parte de sua paixão pelo futebol americano. Dos 300 jogos, 224 foram atuando como referee, por mais de 34 cidades em cinco estados diferentes. No total, 10.317 pontos foram marcados nas partidas em Felipe atuou, sendo 5660 feitos pelos mandantes e 4.657 pelos visitantes.
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“Sempre quis ser árbitro”
Se no futebol já é raro encontrar alguém que de cara quer ser árbitro, no futebol americano, mais ainda. Geralmente são ex-jogadores ou pessoas que também atuam em outras funções do FABR que compõe os quadros. “Quando comecei a acompanhar o futebol americano e soube que havia equipes no Brasil e especialmente em Curitiba, não pensei duas vezes em participar do esporte. Não pensei na equipe X ou Y, a intenção de iniciar já na arbitragem foi automática. E quase 10 anos depois sigo fazendo isso com muito entusiasmo”, resumiu o árbitro.
O desenvolvimento da arbitragem
Se o futebol americano tem vários gargalos para o seu desenvolvimento no Brasil fora de campo, um dos principais dentro das quatro linhas é a arbitragem. O aspecto mais fácil de ser constatado é que o número de árbitros não cresce na mesma proporção que o de equipes e, consequentemente, partidas.
O que pode ser visto como um gargalo por uns, é uma oportunidade para outros. E é exatamente assim que Felipe prefere analisar a questão: “Vejo com muitos bons olhos o futuro do FABR e de sua arbitragem. Ainda existe um mercado a ser explorado em vários aspectos. Na arbitragem ainda tem muito espaço para quem tenha vontade e disponibilidade para dedicar seu esforço e tempo. Há 10 anos trabalhávamos em equipes de quatro ou cinco árbitros. Hoje, fazemos jogos com equipes de sete regularmente – a regra já mudou para 8 – e já existem alguns estados trabalhando com equipes nesta mecânica (os jogos decisivos PR18 serão com mecânica de 8). Mas além de equalizar a arbitragem no numero de árbitros em campo, existe o fator técnico, que ainda temos muito que evoluir.
E o futuro?
Otimista, Felipe pede atenção para o desenvolvimento da arbitragem, um dos pilares para que o esporte tenha um bom andamento nos próximos anos: “A nova geração já chega com muito mais estrutura e acesso a informação e estudo que tivemos anos atrás. As Federações, Ligas e Confederação devem trabalhar com seriedade no desenvolvimento da arbitragem, pois um jogo bem administrado será justo para as equipes, bom para torcedores, apoiadores e patrocinadores do esporte”, concluiu.