Brasileiro será referee de final Portuguesa de futebol americano

Com 15 anos de história no futebol americano, André "Moss" Pistarini chega ao auge de sua dedicação ao esporte na final portuguesa deste sábado (17) Foto: Instagram André Pistarini

A final do Campeonato Português de Futebol Americano, a LPFA XIII, acontece amanhã, dia 17, e contará com uma participação brasileira especial: André “Moss” Pistarini será o referee da decisão entre Lisboa Devils e Cascais Crusaders. A final é uma reprise do ano passado, quando o Crusaders venceu por 36 a 20.

Moss será o primeiro árbitro formado no Brasil a conduzir uma final portuguesa. Eduardo Brito, também brasileiro, teve a mesma honra no ano passado, mas formou-se em Portugal.

Entrevista com Moss

Depois de mais de 10 anos de arbitragem no Brasil (formado pela Associação Paulista de Árbitros e Estatísticos de Futebol Americano – APAEFA), Moss passou a integrar a equipe de arbitragem de Portugal em 2020. Essa será a sua segunda participação em final, agora como referee. Tiago “Sid” também irá compor o time de arbitragem.

Salão Oval: Há quanto tempo você está em Portugal e como se envolveu com o futebol americano?

André “Moss” Pistarini: Estou em Portugal desde 2019, me envolvi com o FA daqui jogando inicialmente no Lisboa Devils, mas verifiquei a necessidade de árbitros logo no primeiro ano. Enviei meu currículo para a federação e logo no primeiro ano fiz parte da comissão de arbitragem do país (órgão que regula a arbitragem por aqui).

Salão Oval: Quais as diferenças você vê entre o esporte nos dois países?

Moss: A organização institucional no Brasil é mais desenvolvida. Temos federações nos estados que atendem às necessidades das equipes em suas regiões e isso reflete também na arbitragem. O nível técnico de jogo no Brasil também é maior e fica evidente, pois quase todas as equipes tem brasileiros em seu elenco.

O que aqui é sensacional é em sua infraestrutura. A facilidade em ter campos, fazer uma final tão bem organizada quanto essa com o apoio da prefeitura, assim como na facilidade em importar equipamentos, faz com que o atleta tenha uma taxa de esforço muito menor em praticar o esporte.

Salão Oval: acredita que a presença dos brasileiros tenha contribuído com o FA em Portugal?

Moss: Muito! Como árbitros, atletas e comissão técnica. Temos um material humano incrível neste esporte em todos os âmbitos. E vivendo neste tempo aqui, isso fica mais claro para mim. Nós brasileiros temos que parar de nos diminuir quando comparados com outros países, principalmente do hemisfério norte. Temos capacidade sim e vontade para fazer as coisas acontecerem.

Salão Oval: e como foi sua evolução na arbitragem até esse acontecimento histórico?

Moss: Parece até clichê falar, mas para quem começou apitando jogos de 8×8 (flag) em SP por um lanche, estar aqui hoje sendo reconhecido internacionalmente é um sonho. Faço parte do FABr desde 2008, e iniciei como árbitro para atender uma necessidade da liga. Como atleta, vi a arbitragem e o estudo de regras como uma maneira de ser um jogador mais inteligente.

De lá para cá, foi muito estudo, muita troca de experiência com pessoas incríveis e tenho comigo uma missão de enaltecer e fazer o nosso FABR evoluir cada vez mais.

O Devils tenta a revanche do ano passado contra o atual campeão Crusaders
Foto: https://cm-oleiros.pt/

Sobre a LPFA XIII

O Lisboa Devils busca o tetracampeonato, sendo essa a sua quinta final, contando com seis brasileiros no elenco. Já o Cascais Crusaders querem o bicampeonato, sendo essa a sua quarta final, reforçado por cinco brasileiros.

A partida será neste sábado, dia 17, no Estádio Municipal José Bento Pessoa, em Figueira da Foz, às 15h (11h, horário de Brasília).

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Editor-chefe do Salão Oval, maior plataforma de mídias destinada ao FABR, Social Media Journalist da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) e Social Media Editor para a Premier League (Campeonato Inglês de Futebol). Realizei coberturas nacionais pelas cinco regiões do Brasil e também nos EUA (Mundial de Ohio) e Perú (1º Torneio Guerrero de Los Andes), sempre acompanhando o futebol americano nacional de perto. Narrador e comentarista para o futebol americano nacional em diversas ocasiões (BandSports, Fox Sports e Globo Esporte.com), fui também jogador da Lusa Lions (flag 2008) e do Corinthians Steamrollers (2009 a 2012).

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