A evolução do futebol americano feminino no Paraná

Holder do Cold Killers no Araucária Bowl. Foto: Rafael Pignataro

Se tivéssemos que definir o atual momento do futebol americano femino no Paraná com uma palavra, ela seria: EVOLUÇÃO. Sabemos que ela se aplica a todas as vertentes do futebol americano nacional, tanto feminino, quanto masculino. Mas na terra das araucárias, foi com mais intensidade. O Paraná é o único estado que tem um campeonato estadual para as mulheres que jogam full pads, e não pensem que é fácil organizá-lo. Se para os homens, que já estão na décima primeira edição, ele demanda muito esforço dos dirigentes das equipes e da federação, para as mulheres, é necessário toda uma logística de times que não tem muito tempo de existência. E tudo muito novo para a maioria das atletas e organizadores.

A prova da evolução rápida está nesta segunda edição: se em 2018 foram realizadas três partidas, em formato todos contra todos em um dia, em 2019 foram em dias diferentes e com uma grande final – o Araucária Bowl, que ocorreu neste final de semana. Aliás, a evolução não se dá só por conta do aumento do número de jogos, ou o fato de serem em datas diferentes, mas sim, em toda parte técnica do jogo em si, a velocidade, quantidade de passes, corridas com bons bloqueios, tudo melhorou, e essa melhora vai impactar em várias questões, mas uma em principal: elas já servem de exemplo para várias outras meninas.

O público compareceu no Araucária Bowl. Foto: Nox Fotografia

Araucária Bowl

O jogo final do campeonato paranaense foi disputado na manhã deste sábado (16), partida que antecedeu o Paraná Bowl XI. As duas equipes de melhor campanha na fase regular, Curitiba Silverhawks e Cold Killers, entraram em campo as 9:00hs e fizeram um jogo que teve transmissão ao-vivo no facebook da RIC Mais, filiada da Rede Record em Curitiba.

Todas as pontuações aconteceram no primeiro tempo: o Silverhawks abriu o placar logo na sua primeira campanha de ataque com um lindo passe da quarterback Ester Alencar, para a wide receiver Ana Flávia Riss (Raposa), que recebeu em cima da linha do plano de gol, para marcar o primeiro touchdown da partida, o xp não foi convertido.

O jogo permaneceu com o placar inalterado até o two minute warning quando o Silverhawks ampliou com um field goal de 25 jardas da kicker Joceli Bertoja, 09 a 00. No retorno de chute, o Cold Killers avançou boas jardas e ainda foi beneficiado com uma falta pessoal, a equipe começou sua campanha na linha de 35 jardas do ataque e a quarterback Marina Santiago apareceu muito bem, conectou dois bons passes e na sequência enganou toda a defesa adversária com uma read option e entrou sozinha na end zone, deixando o placar no intervalo em 09 a 06.

No segundo tempo, as duas defesas brilharam e nenhuma das equipes conseguiram pontuar, destaque para a linebacker do Silverhawks, Giovanna Boabaid, que ganhou o prêmio de MVP da partida e fez uma interceptação decisiva no último quarto do jogo, o que garantiu a vitória e o bicampeonato invicto da equipe.

Entrevista pós-jogo

Confira a entrevista do Salão Oval, com as running backs dos dois times, Alice Rocha do Cold Killers e Priscila “Tuê” do Silverhawks.

BFA FEMININO

As duas equipes jogarão o campeonato brasileiro, que este ano será organizado pela BFA e contará com a participação de 8 times, além das duas paranaenses, Brasilia Pilots, Portuguesa FA, São Paulo Panthers, America Big Riders, Bangu Castores e Spartans Football disputarão o título.

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Lindas imagens

O Curitiba Silverhawks postou um vídeo no youtube com imagens incríveis do Araucária Bowl, a edição ficou incrível e vale a pena conferir:

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Jogou futebol americano por 8 anos, teve passagens por Corinthians Steamrollers, WSI, Itapema White Sharks, Bucaneros (México) e ABC Corsários. Formado em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi em São Paulo, com MBA em Gestão de Destinos Turísticos pela Universidade Fernando Pessoa (Porto) em parceria com o Instituto de Turismo de Portugal e Pós-graduando em Gestão da Comunicação e Mídias Sociais pela Faculdade Avantis em Balneário Camboriu.

1 COMENTÁRIO

  1. […] Estadual Feminino O emponderamento feminino está em todos lugares, ganhando força a cada dia que passa em busca de nada mais do que igualdade. Mas, infelizmente, ainda temos poucos campeonatos estaduais de futebol americano feminino, devido a toda adversidade que o esporte ainda apresenta no País. O único estado com uma campeonato estadual feminino solido é o Paraná, que consolidou sua edição neste ano. Saiba mais lendo a matéria a Evolução do FABR Feminino no Paraná. […]

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