A Confederação Brasileira de Futebol Americano luta há algumas administrações para colocar sua documentação em dia. Nas duas últimas gestões, a de Rogério Pimentel e de Ítalo Mingoni, a CBFA passou a existir de fato com o CNPJ regularizado. No entanto, entraves burocráticos vem impedindo a entidade máxima do futebol americano de poder desempenhar o seu papel plenamente – o do desenvolvimento do esporte através de captação de recursos, sejam privados ou de leis de incentivo.
Com a renúncia de Ítalo Mingoni em 7 de agosto, (confira Hangout com entrevista exclusiva, abaixo), a diretora administrativa da CBFA, Marcelli Bassani, assumiu interinamente a presidência da entidade. Na semana seguinte à renúncia de Ítalo, assim que possível, partiu para Belo Horizonte, cede atual da CBFA, para estar a par da situação e poder colocar em ordem a entidade.
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Desafios contábil e jurídico
Marcelli encontrou um emaranhado contábil e jurídico como desafio inicial. A CBFA tem apenas R$ 48,68 em sua conta como saldo e não é possível ainda determinar como exatamente chegou-se a essa situação: “Não temos nada de comprobatório de 2020, tendo em vista teoricamente não ter havido caixa. Ou seja, existe uma grande interrogação. Em tese, não houve fluxo de entrada e a saída zerou o caixa, e as contas foram acumulando. Mas não existem documentos que realmente justifiquem isto. Saliento que o Conselho Fiscal aprovou com ressalvas por 2 a 1 as contas de 2019, alegando mau uso do dinheiro, mas não constataram fraude direta”, explicou Bassani.
Há ainda dívidas pendentes, sendo a principal, a com a USA Football, resquícios do mundial de 2015 e o mundial de flag de 2016. O total das dívidas acumulavam US$ 20 mil, mas graças a um acordo obtido pelo diretor de relações internacionais da CBFA, Felipe Pereira, houve o pagamento de metade deste valor, com a redução do saldo devedor restante para US$ 7 mil.
Na parte jurídica, a situação é confusa desde a renúncia de Rogério Pimentel. Sem a diretoria de sua gestão apresentar a renúncia por completo, nem mesmo Ítalo Mingoni era, de fato, presidente da CBFA. E a situação parece se perpetuar: “Eu ainda não recebi as cartas de renúncia do Ítalo e do Lucas, mesmo o encontrando em BH. A ata foi retificada e enviada a ele para ciência”, esclareceu.
Para esclarecimentos ainda mais detalhados, Marcelli Bassani estará em entrevista exclusiva no Hangout do Salão Oval, hoje, 28 de agosto, às 21h. Inscreva-se – www.youtube.com/salaooval
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