Apesar dos “apenas” 28 anos, Kawan Pivatto é um dos mais experientes jogadores de futebol americano do Brasil. Ao longo dos quase dez anos de carreira no futebol americano, Kawan presenciar os mais diferentes estágios do esporte, desde o amadorismo total, em seu início em Curitiba, até a primeira tentativa real de profissionalização no Brasil, no Sada Cruzeiro, em 2017.
Foram três títulos nacionais do jogador que atuou na carreira desde a linha defensiva até como linebacker: dois deles pelo Coritiba Crocodiles (2013 e 2014) e o último, no ano passado, pelo Sada Cruzeiro. Todos eles foram derrotando o João Pessoa Espectros. Agora, depois de três anos longe de sua cidade natal (em 2015 e 2016, atuou no Juventude FA), Kawan retorna a Curitiba para jogar novamente pelo Crocodiles.
O início no início
Kawan começou a jogar futebol americano justamente na primeira partida disputada com equipamentos oficiais no Brasil, entre o então Barigui Crocodiles contra o Brown Spiders (vencida pelos aranhas por 33 a 10). “Eu descobri por acaso, eu e minha mãe estávamos passeando de carro pelas redondezas do parque Barigui em Curitiba, e vimos um cara com um shoulder, aí na hora meus olhos brilharam”, relembra com empolgação. Entrando em contato com a equipe através do Orkut, três semanas depois já estaria em campo na histórica partida.
Experiências nos EUA e retorno ao Brasil
Depois de seis títulos paranaenses com o Coritiba Crocodiles, Kawan Pivatto colocou os EUA na sua história dentro do esporte. Ele e Andrei “Bio” Vargas, do Cuiabá Arsenal, foram atuar no Arena Football na Flórida, na equipe do Marine Raiders. A experiência foi curta e logo veio a oportunidade de ir para Caxias do Sul, no Juventude FA: “Tive problemas no Raiders, pois após conseguir a titularidade no time, um outro treinador assumiu e minhas oportunidades e também do Bio foram cortadas”.
Já acertado com o Juventude após a frustrada passagem na Flórida, o jogador viu sua parceria com Bio continuar em outro estado americano, Ohio, já que foram convocados para Seleção Brasileira na disputa do histórico Mundial de Futebol Americano.
Ainda em Caxias do Sul, o jogador atuou no Brasileiro de 2015 pelo time da cidade e em 2016 ajudou o “Ju FA”, como é conhecido no Rio Grande do Sul, a conquistar o vice-campeonato no Gigante Bowl e levar o título de MVP defensivo do Estadual.
Campeão no Sada Cruzeiro
O terceiro título nacional de Kawan veio no supertime do Sada Cruzeiro, sendo o jogador um dos contratados no superpacote de estrelas que atuaram no Mundial de Ohio. “O Cruzeiro tinha um projeto audacioso, trazendo o Daniel Levy como head coach, o Lex Braga como coordenador defensivo e o Leandro Veal como assistente de defesa. O Veal (primeiro atleta nascido no Brasil a atuar na NFL) ajudou muito a corrigir meus erros e melhorar meu jogo. No Brasil, não teria professor melhor. Eu escolhi vir pra cá justamente por conta disso, pois não havia outra forma de melhorar meu jogo”, explicou Kawan.
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Retorno às raízes