Há exatos dez anos, a Seleção Brasileira de Futebol Americano, mais conhecida como Brasil Onças, entrava em campo para a sua primeira partida. O País que ainda não tinha vestido pads foi direto para terras internacionais para enfrentar o seu primeiro desafio, contra o Uruguai, em Montevidéu.
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No próximo mês, o Brasil fará a história novamente com uma partida disputada em um estádio de Copa do Mundo e televisionada para toda a América Latina, pela ESPN. E três jogadores estiveram presentes no primeiro marco histórico e estarão presentes na partida do dia 16 de dezembro no Mineirão.
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Igor Mota
O linebacker que foi escolhido um dos melhores do mundo no Mundial de Ohio em 2015 acredita que os dois jogos são marcos, mas que provocam sentimentos bem diferentes: “Os sentimentos naquele jogo do Uruguai eram vários misturados. Estávamos indo às cegas literalmente para enfrentar um time que nem imaginávamos que existia direito, e às cegas de praticamente todo elenco da própria seleção. Então, era um nervosismo no sentido do que iria acontecer, ansiedade de como nos sairíamos sem treinar e sem nos conhecer, mas a satisfação de estar lá era o principal fator motivacional. Sensação de orgulho e prazer de poder participar daquele momento histórico, de ter ido jogar lá foi na raça assim como praticamente todos jogos da Seleção Brasileira. Era a primeira vez que usávamos full pads”.
Para Igor, a evolução do primeiro jogo para o próximo contra a Argentina no Mineirão não está somente no tamanho do espetáculo, mas nos detalhes que parecem pequenos para quem está de foram, mas são uma grande evolução para os jogadores.
“Esse jogo contra a Argentina já marca uma outra fase do FA nacional, os jogadores se conhecem pelo menos virtualmente, temos um playbook (e estudamos muito antes), temos uma comissão preparada para nos dar diretrizes e treinamentos. Além disso, toda uma estrutura gigantesca que está sendo realizada para o jogo acontecer. E claro, o fato de ser contra a Argentina, que passamos a vida toda sendo alimentados com esta rivalidade. A sensação é de empolgação, a satisfação em poder mais uma vez servir a Seleção é maior ainda. Um orgulho e uma honra fazer parte disso. Os dois jogos são grandes marcas para o FA nacional e são o início de novas fases”.
Rômulo “R40” Ramos
O running back “free style” esteve correndo nos gramados do Uruguai, também em Ohio, no Mundial de 2015, e estará no Mineirão contra a Argentina pelo Brasil Onças no dia 16/12.
Sobre o Uruguai, R40 destaca o papel impulsionador que a partida teve para o esporte no Brasil: “Em 2007 fomos na cara e coragem. No meu caso eu nunca tinha botado um capacete e ombreira na vida, pois na época eu só jogava na areia. Cheguei lá, peguei um capacete apertado e um pad largo (foto) que os uruguaios emprestaram pra gente e fomos pro jogo. Foi um jogo muito importante, depois dali, o Brasil começou a se equipar”.
R40 também acredita que a partida contra a Argentina no Mineirão em dezembro marca um começo de uma nova fase do Brasil Onças: “Esse jogo contra Argentina é tão importante quanto, vai marcar a nova gestão da Seleção e a grande renovação de jogadores. Fiquei muito feliz com a convocação e a confiança em mim depositada. Vou chegar lá, pegar a bola e deixar o freestyle fluir”, prometeu.
Heron Azevedo
O wide-receiver “artilheiro” do Brasil Onças (com seis touchdowns, empatado com Rodrigo Pons, o “Vinny”) também é um dos históricos jogadores que estiveram no Uruguai e estarão no Mineirão.
Para Heron, os jogos marcaram por sentimentos bem diferentes: “Há dez anos, só o fato de fazermos alguns treinos e depois termos um jogo usando o equipamento (shoulder pads e capacete) já transformava a experiência em uma coisa incrível. E além disso vinha o fato de ser a primeira Seleção, sermos os pioneiros e termos a oportunidade de testar aonde estava o nosso nível de FA contra um oponente mais experiente no esporte”, explica.
Heron explica como o jogo de dezembro é importante para uma nova fase da seleção e o papel dos mais experientes neste processo: “Já esse jogo de agora no Mineirão marca uma nova fase da Seleção: queremos nos consolidar como melhor Seleção da América do Sul e nos preparar para o Mundial de 2019. Para mim e Igor Mota, que pudemos estar presentes em todas as convocações até aqui, nada é novidade. Sabemos o peso dessa camisa verde e amarela e o quão única é a oportunidade de vesti-la, representar tantas pessoas pode ser um fardo ou uma motivação extra e usamos isso como combustível”.
E perguntado sobre qual partida foi a mais importante, a de dez anos ou a próxima, Heron mostrou o seu mindset de atleta de ponta: “Todo jogo da Seleção é importante, e assim como nos jogos, a jogada mais importante é a próxima, o jogo mais importante é o próximo. Quando esse acabar, o próximo será mais importante”.
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Cara eu estava lá! Me dá um arrepio lendo essa matéria. Uma viagem de 24 horas de ônibus, um frio desgraçado kkkkkkk De Brusque fomos em 3, Michelinho, Leandro e eu Ninja…. A primeira vez que usamos Pads gigantes, capacetes que cortavam as orelhas kkkkkkkk lembrando da uma vontade de voltar a jogar até os tornozelos me lembrarem porque eu parei kkkkkkk