Coalização Negra do FABR divulga nota diante do episódio Jacob Wright

Além da inspiração institucional no Futebol, a Coalizão Negra do FABR também buscou inspiração no ícone Colin Kaepernick.

O Goiânia Rednecks acabou desistindo do reforço americano Jacob Wright diante da repercussão negativa da chegada do americano – expulso da ELF após um episódio de racismo. No entanto, se a questão pontual parece resolvida, a sistêmica persiste. Por isso, a Coalização Negra do FABR acredita ser importante divulgar uma nota que contextualiza o episódio. Leia a íntegra da nota:

“A Coalizão Negra do FABR, coletivo de atletas pretos reunidos e organizados para promover o combate ao Racismo dentro do Futebol Americano do Brasil vem a público, por meio desta carta aberta, declarar repúdio à contratação do atleta Jacob Wright pelo time do Goiânia Rednecks pelos motivos que seguem.

No dia 25 de outubro, um dia tão especial para o FABR, o FABRDay, onde se celebra o anuário da primeira partida realizada no Brasil entre times completamente equipados, fomos surpreendidos com a notícia da contratação de um jogador estadunidense por um time. Seria mais uma contratação recorrente, uma importação comum de ocorrer para desenvolvimento de times do cenário nacional se não fosse pelo fato de que o jogador contratado foi dispensado de um time e banido de uma liga após episódio de injúria racial.

O atleta atuava como quarterback pelo Stuttgart Surge quando, em partida contra o Frankfurt Galaxy, injuriou racialmente um atleta adversário.

Não suficiente a lamentável decisão do time do Goiânia Rednecks pela contratação do atleta, o time ainda suspende os comentários na publicação de anúncio da contratação do atleta e, 12 horas depois, tira do ar a publicação sem informar se houve desistência ou se o atleta segue nos planos do time.

A Coalizão Negra do FABR torna público o repúdio à contratação do jogador e ao time pelas posições tomadas compreendendo que não há o mínimo espaço para racismo e condutas racistas no esporte, ainda mais num país que é reconhecido pela permanência de casos graves de racismo estrutural e de injúrias que todos os dias tornam pessoas pretas vítimas silenciadas, com a manutenção de um sistema injusto que oprime as pessoas pretas.

Não há espaço para o racismo no FABR, nem para atletas com condutas racistas”.

COMPARTILHAR
Artigo anteriorRednecks desiste de reforço expulso da ELF por racismo
Próximo artigoSeleção de base de Flag Football conclui primeira seletiva com sucesso
Editor-chefe do Salão Oval, maior plataforma de mídias destinada ao FABR, Social Media Journalist da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) e Social Media Editor para a Premier League (Campeonato Inglês de Futebol). Realizei coberturas nacionais pelas cinco regiões do Brasil e também nos EUA (Mundial de Ohio) e Perú (1º Torneio Guerrero de Los Andes), sempre acompanhando o futebol americano nacional de perto. Narrador e comentarista para o futebol americano nacional em diversas ocasiões (BandSports, Fox Sports e Globo Esporte.com), fui também jogador da Lusa Lions (flag 2008) e do Corinthians Steamrollers (2009 a 2012).

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here