Mais um brasileiro vai para o Eagles, o Yeditepe Eagles, da Turquia. O time que na temporada passada teve o reforço de Rapha Cruz, Victor Hugo “Mega” (hoje no Galo FA) e Caião (agora no Black Hawks), tomou gosto por ter reforços brasileiros e contará com o destacado running back do Ceará Caçadores e da Seleção Brasileira, Eduardo “Maranhão”.
“Passei por todo um processo seletivo, conversar com os coaches e assinar contrato. Parto no final de janeiro e devo ficar por lá até junho ou julho, vai depender até onde o time chegará na temporada”, explicou o craque do time cearense.
> Brasileiros na Turquia: “É uma responsabilidade representar o Brasil”
“Os brasileiros ainda não foram descobertos”
Como visto no link acima, foi uma grande responsabilidade para Rapha Cruz, Mega e Caião representar o Brasil. E eles foram muito bem. Tanto que o head coach do Yeditepe Eagles, o americano Kasey Crosby, cita que a experiência positiva com o trio brasileiro (indicados pelo compatriota Dan Levy, campeão brasileiro com o Sada Cruzeiro) foi decisiva para continuar a analisar jogadores do País como possíveis reforços.
“O coach Daniel Levy recomendou alguns jogadores e fiquei impressionado com o nível de atleticismo que vi em alguns e encontrei dois que realmente gostei: Rapha Cruz e Mega. Fiquei impressionado com o comprometimento deles com os treinamentos e pedi a indicação de um linha defensivo e eles me recomendaram o Caião”, contou o coach Crosby.
Os brasileiros tem uma vantagem burocrática na liga turca: não contam como estrangeiros. “A razão pela qual queremos brasileiros é que a liga na Turquia é um pouco diferente das outras da Europa. Lá, há duas categorias de estrangeiros: americanos e europeus. Os europeus tem que ter passaporte da União Europeia. Nestas ligas, os brasileiros contariam como os americanos”.
O comandante do time turco continuou a elogiar os brasileiros, principalmente em comparação aos turcos: “Os jogadores brasileiros ainda não foram descobertos fora do Brasil. Em comparação aos jogadores turcos, os brasileiros de elite tem maior atleticismo e velocidade. Trabalham muito e alguns são jogadores de futebol americano em tempo integral, algo que me chamou a atenção também”.
E como Maranhão foi parar em seu radar? Por indicação de Rapha Cruz e também por seu seu desempenho, que chamou muito a atenção: “Queria um running back brasileiro e minha procura levou ao jogador que eu acredito ser facilmente o mais dinâmico e impactante na posição no País, o Eduardo Maranhão. Depois de identificá-lo, pedi a opinião do Rapha Cruz e ele confirmou minha impressão. Maranhão ficou empolgado com a possibilidade da contratação e como era quem eu mais queria para a posição, confirmamos tudo de forma muito rápida”, explicou o americano.
A temporada no Caçadores
Maranhão, juntamente com o quarterback Ryan Deal, foram os destaques da temporada do Ceará Caçadores, eliminado nos playoffs da BFA pelo João Pessoa Espectros no último final de semana. Maranhão destacou a fase de transição do time e prevê um futuro promissor ao time de Fortaleza.
“Fizemos o que o FABR faz de melhor: superamos nas nossas dificuldades. Foi uma temporada complicada, muita reformulação no programa, head coach de certa forma novo (Bruno Rocha), coordenadores de ataque e defesa novos, boa parte do plantel, mais de 60% de atletas em primeiro ano. Foi realmente um ano de transição. Porém, mesmo dentro de tudo isso, o programa me deu oportunidade de fazer minha melhor temporada em números. Trouxeram um quarterback americano, que ensinou muito para os wide-receivers, todos novatos de primeiro ano. Foi um ano de aprendizado intenso e acho que o Caçadores vai bem para 2019″, sentenciou.
E o futuro? Na Europa ou na BFA?
E depois da temporada na Turquia, onde estará o futuro do running back que assombrou o Mineirão em dezembro último, marcando três touchdowns pela Seleção Brasileira contra a Argentina? Maranhão continuará na Europa?
“Isso é uma coisa que pretendo decidir de vez quando estiver por lá. O meu coach (Crosby) perguntou se eu tinha interesse de quando acabasse a temporada em o segundo semestre em outro time, pois ele tem muito contatos. Respondi que era uma possibilidade, mas que ainda tava aberto também a voltar ao Brasil. Preciso de uma proposta que compense jogar aqui”, analisou.
Mas se na Europa continuar como profissional com contrato é mais certeza, as portas do Ceará Caçadores e de outros times brasileiros estariam fechadas? Não é bem assim, como explica o running back.
“Certamente, hoje me vejo como um atleta de FA e busco o melhor cenário possível para o meu desenvolvimento dentro disso. Cenário hoje eu não falo somente de “salário”, o que sim considero muito importante, mas outros aspectos do programa, como a comissão técnica, estrutura de treino, extra campo etc. Isso por nenhum momento chega a ser um ‘calo’ ou um problema com a diretoria dos Caçadores. Em 2018, o Caçadores por diversos motivos me ofereceram o cenário que eu julguei ser mais seguro para meu desenvolvimento. Em 2019, podem aparecer outras propostas e tudo tem que ser analisado, certamente o Caçadores tem uma vantagem grande, pois acredito muito no trabalho deles e tenho confiança. Mas isso não impede que eu possa ir experimentar de outros programas de football“, disse.
> Confira como foi a temporada do Ceará Caçadores na BFA 2018
Maranhão é o segundo jogador do Ceará Caçadores a se transferir para o exterior. No primeiro semestre deste ano, o defensive lineman Carlos Severo atuou na França.
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