Multicampeão chega para disputar a SPFL pela Ponte Preta

Phelippe Dantas e sua última conquista: o título de campeão da Liga Nordeste, com o Natal Scorpions, em 17/12/2017 Foto cedida pelo jogador

Poucos jogadores brasileiros podem dizer que ganharam um título por semestre nos últimos dois anos (ok, Rapha Cruz, você pode). Mas nenhum conseguirá ter realizado este feito por quatro equipes diferentes e simplesmente em três países distintos. A não quer que seu nome seja Phelippe Dantas. O novo desafio do jogador será agora em São Paulo, disputando o título da terceira edição da SPFL pela Ponte Preta Gorilas.

Bicampeão nacional na Europa

Aos 29 anos, o natalense passou os últimos dois anos viajando longas distâncias pela Europa e pelo Brasil. A primeira parada foi Lisboa, quando Dantas aceitou o desafio de reforçar o Lisboa Devils e enfrentar a hegemonia do Lisboa Navigators, que havia vencido todas as seis edições da Liga Portuguesa até então. O desafio de ser campeão na terrinha não só foi atingido, no primeiro semestre de 2016, como estendido: o linha ofensiva (e defensiva – “Jogo também de nose tackle, sempre que os times precisam) foi pioneiro a aceitar o convite de fazer parte da primeira equipe portuguesa a disputar a Champions League.

Se o sonho de conquistar a Europa não vingou com os Devils, o desempenho de Dantas chamou a atenção dos húngaros do Miskolc Steellers, que contrataram o brasileiro. No Campeonato Húngaro, não deu outra, mais uma taça para o natalense.

Phelippe Dantas e a taça de Campeão Húngaro de 2016
Foto cedida pelo jogador

De volta ao Brasil

Voltando ao Brasil, Dantas aceitou o convite do Natal Scorpions, voltando assim a sua cidade natal. Mas outro convite o atraiu e novamente em um cenário de uma equipe que não havia conquistado títulos em um lugar dominado por um gigante: o Mato Grosso, onde as duas edições do Campeonato Estadual até ali haviam sido conquistadas pelo Cuiabá Arsenal. E não é que o título do Matogrossense de 2017 ficou com o Sorriso Hornets, time que contratou o linha ofensiva por seis meses?

Phelippe Dantas e o troféu de campeão Matogrossense pelo Sorriso Hornets, em 2017.
Foto cedida pelo jogador

De volta a Natal, o desafio de Phelippe agora era ser campeão da Liga Nordeste, torneio que daria acesso ao Scorpions à BFA, elite do futebol americano nacional. E assim como todos os outros títulos obtidos nos últimos semestres, em Portugal, Hungria e Mato Grosso, o jogador conseguiu mais uma taça de maneira invicta.

O segredo de ser campeão

Conquistar títulos por um mesmo time, um mesmo projeto, por dois anos seguidos, é algo bastante difícil. Mas sempre mudando de equipes e até de países, ainda mais. Qual será o segredo?

“Não tem segredo, isso é fruto de muito trabalho dentro e fora de campo, estudando o playbook e também os adversários. Lógico que não sou campeão sozinho, esse esporte é coletivo. Então, todos tem uma parcela tanto na vitória como na derrota. Tenho a felicidade de escolher para jogar equipes com chances de títulos e não foi diferente com a minha escolha para jogar no Gorilas”, explica Dantas.

Diferenças entre Europa e Brasil

Tendo vivenciado diferentes realidades na Europa e no Brasil, Dantas aponta para o planejamento e infraestrutura as principais diferenças em favor dos europeus: “A primeira e maior diferença é a questão de os times de fora terem mais apoio e patrocínio. O que facilita muito a vida dos times, pois eles só precisam se concentrar com os treinos e jogos. Outra coisa é a questão de terem seus campos de treinamento e a maior quantidade de treinos durante a semana. Os campos estavam sempre disponíveis e treinávamos três vezes por semana, segundas, quartas e sábados”.

Já o Brasil ganha na questão de ter uma temporada cheia (com estaduais e o nacional), como opina o jogador: “Acho muito bom. Para os jogadores, porque permanecem em treinamento; e de forma geral também é importante pois como ainda é um esporte pouco conhecido e valorizado, quanto mais aparecer e quanto mais campeonatos e atividades tiverem, mais serão vistos, consequentemente mais público formam e mais adeptos ganharão”.

Expectativas na Ponte e de chegar à Seleção Brasileira

Com um currículo de títulos nas últimas quatro equipes que passou, a expectativa não é diferente em relação ao time de Campinas: “Sei que o time perdeu alguns jogadores, mais eles são muito organizados e estão buscando reverter isso pra fortalecer a equipe ainda mais. Com certeza a cada novo time eu considero um novo desafio. Como sempre, darei o meu máximo e juntos vamos trabalhar forte para alcançar o título”, analisou o linha ofensiva.

E Dantas também falou de sua expectativa de chegar à Seleção Brasileira, agora com maior visibilidade na Ponte Preta: “Penso sim em fazer parte da Seleção. Creio que no Gorilas vou ter mais visibilidade para que treinadores e Comissão técnica (do Brasil Onças) possam me conhecer e ver meu potencial. Mas o meu foco é ajudar o Gorilas a ter grandes resultados dentro e fora de campo”.

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